Publicação:
06/01/2011 10:26
Nos EUA, o basquete está entre os esportes mais populares do país e movimenta milhões de dólares por ano. No ranking realizado pela Forbes com os melhores exercícios para as pessoas praticarem, a modalidade também não fez feio. Único esporte coletivo da lista — deixando para trás os populares vôlei e futebol —, a atividade da bola laranja conquistou uma vaga e ficou em sexto lugar por reunir importantes qualidades: os movimentos contínuos trabalham o sistema cardiorrespiratório e ajudam na queima de calorias. As explosões musculares para saltar, arremessar e mudar de direção dão força e resistência. Até a flexibilidade é bem trabalhada, principalmente pelos jogadores que atuam na defesa devido à intensa movimentação.
Assim como toda a atividade fisíca, o basquete tem suas ressalvas. O risco de lesões nos tornozelos e nos joelhos por causa, principalmente, do impacto dos saltos é um ponto que precisa de atenção. Além disso, a modalidade é um esporte de contato e acidentes de percurso acontecem.
“Essa lesão por contato está sujeita ao acaso. Não tem como prever ou evitar, apesar de que as regras do jogo já contribuem para não deixar o esporte violento”, comenta o preparador físico de basquete Rodrigo Galego. “Em relação às lesões no joelho e tornozelo, elas acontecem pelo acúmulo de impacto mesmo. Os profissionais também sentem algumas dores nas articulações dos dedos”, afirma Galego.
Apesar disso, Rodrigo ressalta que as qualidades da modalidade se sobressaem em relação às dificuldades. “É um esporte que não traz benefícios somente para o sistema cardiorrespiratório e promove força e resistência muscular, mas, principalmente, exige muito das funções cognitivas do jogador. Ele tem de estar atento a tudo que acontece na quadra e estar pronto para tomar decisões rápidas. Além disso, tem o espírito de coletividade”, analisa. “Trabalho com um grupo que joga basquete por prazer, não para competir. E é muito legal quando você vê que a pessoa aprendeu a técnica e se diverte em quadra. É um esporte bom de assistir e de praticar” , defende o preparador físico.
Inclusão social:
Outro defensor do basquete e das suas qualidades é o ex-técnico do Botafogo-DF, Ronaldo Pacheco. Ele também destaca a importância que esporte tem ao trabalhar as funções cognitivas do praticante. “O basquete exige uma leitura espacial do jogador e uma capacidade de montar determinada estratégia. O fato de ser coletivo também é um fator de inclusão social”, explica o treinador.
Saiba mais:
Cuidados em quadra: Uma maneira de evitar lesões durante a prática do basquete é usar tênis adequados e também protetor bucal, para os choques durante o jogo. “O basquete tem uma exigência técnica grande, principalmente na questão dos fundamentos. Quando a pessoa já domina a mecânica do esporte, é difícil ocorrerem lesões mais sérias”, afirma Ronaldo Pacheco, que lista entre os principais membros atingidos o tornozelo, o joelho e traumatismos na face devido ao contato.
Emoção:
“O basquete tem a emoção que poucos esportes têm. Um segundo vale muita coisa e pode mudar o vencedor de um jogo. Outra vantagem que vejo é o fato de trabalharmos o corpo como um todo, tanto a parte do tronco como as pernas”, comenta o ala Arthur (foto acima) do UniCeub/BRB. “Claro que é um pouco agressivo, mas isso acontece em todo esporte coletivo. Nunca pensei em parar por causa de alguma lesão”, completa.
